quinta-feira, 7 de junho de 2012

Singela poesia para uma nádega esbelta






Nádegas esbeltas foram construídas com grande destreza
Todas as mais belas se encaixam perfeitamente na geometria Não Euclidiana.
Descrevem formas sinuosas,
levam boêmios ao delírio desde bem antes da invenção do carnaval.

Tristes eram os cubistas retratando-as retas
realmente muito pouco desejadas.
A história teria se escrito diferente
se ao invés de serem influenciados pelas máscaras africanas
fossem influenciados pelas quentes negras
que vieram para o Brasil toda sua formosura
Seria o ápice das Belas Artes
se a grande odalisca mudasse o seu ângulo de inclinação
Ingres teria feito muito mais sucesso!

E digo mais,
se seu violino fosse um pandeiro soaria muito mais harmônico,
muito mais brasileiro!
Seria um samba erudito de batidas sincopadas
Seria a passagem da garota de Ipanema,
e de todas as outras garotas de Ipanema,
 vindo do Leblon  e indo à Copa,
desfilando,
simplesmente desfilando.

Depois uma leve subida no Arpoador, para alegria geral da Nação.
 Ela exibiria a maior beleza da humanidade.
tão bela, que nem Pablo resistiu.
Fugiu de suas formas secas
em apenas quatro traços a eternizou.

E ratificando a máxima Viniciana,
as sem bunda que me perdoem, mas nádegas são fundamentais.