quarta-feira, 23 de maio de 2012

Bueiro


Cheiro pútrido da libertinagem liberta
momentos de luxúria que ludibriam  minutos da existência.
Sol de 40° ao meio dia e a necessidade do artista de criar
procurando nos subterrâneos mais profundos a sua próxima criação.
Ofuscado pela beleza mais triste de amar uma nova mulher
ele entra pela porta dos fundos.

 Viaja nessa experiência que desde muito cedo o consome
e diz - Um doze anos, por favor!
E assim
tenta aventurar-se na mais nova e antiga odisseia.

A coragem lhe falta.
Então ele continua vivendo a genialidade das mais nobres aventuras,
continua a sonhar com o dia que não lhe faltará a coragem,
e enfim encontrará sua maior obra.
Talvez não debaixo de um sol de 40° ao meio dia,
talvez não sob a podridão da luxúria barata,
talvez não sob o bueiro mais pecaminoso da cidade,
mas no colo da mulher amada.

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